No Clássico estiveram 62 508 espectadores, no Oliveirense x Santa Clara... 86
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No Clássico estiveram 62 508 espectadores, no Oliveirense x Santa Clara... 86
Assistências em queda em Portugal (Reportagem zerozero.pt)
Não foram contados a dedo, mas quase. Segundo os dados oficiais da Liga de Clubes, o fim-de-semana anterior foi de bonança para os cofres da Luz, mas de tempestade para os restantes emblemas com jogos caseiros.
Na designação do calendário da jornada, a hora e a data do Clássico resultaram numa onda de entusiasmo pelo regresso, ainda que pontual, dos jogos entre 'grandes' à tarde.
Porém, com o aproximar da data, foram algumas as vozes contestatárias do horário escolhido, visto que coincidia com muitos jogos a nível nacional, não apenas nos campeonatos profissionais, mas na esmagadora maioria do futebol amador, já que as partidas do Campeonato Nacional de Seniores e dos distritais se realizam às 15 horas de domingo.
Depois do Clássico, os números foram reveladores da fraca afluência global dos espectadores e estão à vista do público no site da própria Liga de Clubes. Na Liga ZON Sagres realizaram-se 120 jogos até ao momento. Os quatro desafios do passado domingo (dia 12 de janeiro) estão entre os vinte piores: 1617 pessoas no Académica x Paços de Ferreira, 1347 no Nacional x Gil Vicente, 1285 no Olhanense x Vitória de Setúbal e 1153 no Arouca x Belenenses.
Passando para a Liga2 Cabovisão, o alarme é ainda maior, pois a 24ª foi a que piores assistências globais teve, num total de 4276 espectadores em 11 jogos, uma média inferior a 400 pessoas por jogo, com outra curiosidade: nenhuma das equipas que atuaram como visitado tiveram uma assistência acima da sua média global do campeonato.
Em pontos extremos, o jogo que contou com a melhor moldura humana foi em Faro, no Feirense x Desportivo das Aves (681), ao passo que o jogo com pior moldura humana (da época) aconteceu em Oliveira de Azeméis, na receção do Oliveirense ao Santa Clara: 86.
O zerozero.pt procurou reações aos números em causa. Em contacto com a Liga de Clubes para perceber qual a razão para que o jogo tivesse sido à hora referida, a resposta foi de que se tratou de uma decisão tomada há um tempo considerável (como tem acontecido esta época) e que não teria existido nenhuma razão em especial para o sucedido.
O nosso órgão entrevistou, depois, o Provedor do Adepto da Liga. Alfredo Magalhães mostrou-se sensível ao sucedido, apesar de ter começado a conversa com a ressalva de que acredita que «a designação das 16 horas para esse jogo foi um episódio esporádio».
«O clube visitado, na marcação dos jogos, é aquele que normalmente 'dita as regras do jogo', embora claro que depois isso tem que ser acordado com a Liga», explicou, antes de partir para um pedido de reflexão, não apenas a esta jornada, mas ao que se tem verificado nos estádios portugueses.
«É preciso refletir sobre isso e que sejam tiradas conclusões daquilo que sucedeu e dos números que daí resultaram. E é necessário perceber a quebra que existiu em todos os outros campos e as consequências que daí resultam para os clubes», avisou.
As razões encontradas pelo Provedor para o afastamento dos adeptos das bancadas portuguesas passam pelo cruzamento da crise financeira e dos preços dos bilhetes.
«Por variadíssimas razões, penso que os adeptos estão alheados do fenómeno. Penso que a crise tem grande influência no afastamento das pessoas dos estádios, sobretudo pela exorbitância dos preços dos bilhetes. É claro e lógico que as pessoas pensam duas vezes em ir ao futebol porque têm uma família para alimentar».
E soluções: «Não há soluções mágicas. Entendo é que, se as várias competições tiverem jogos atraentes, as pessoas vão lá, embora esteja muito cético em relação ao que está a acontecer. Penso que só uma mudança do panorama financeiro do país poderá inverter a situação».
«Alguma coisa pode-se sempre fazer, mas o que quer que se faça, não considero que seja muito determinante para voltar a trazer as pessoas ao futebol. O ideal eram os estádios cheios, como no resto da Europa, mas a questão é muito mais abrangente e chega aos dirigentes governamentais e todas as outras entidades. Temos que remar todos para o mesmo lado e não valorizar algumas guerras», concluiu.
Fonte: zerozero.pt
Não foram contados a dedo, mas quase. Segundo os dados oficiais da Liga de Clubes, o fim-de-semana anterior foi de bonança para os cofres da Luz, mas de tempestade para os restantes emblemas com jogos caseiros.
Na designação do calendário da jornada, a hora e a data do Clássico resultaram numa onda de entusiasmo pelo regresso, ainda que pontual, dos jogos entre 'grandes' à tarde.
Porém, com o aproximar da data, foram algumas as vozes contestatárias do horário escolhido, visto que coincidia com muitos jogos a nível nacional, não apenas nos campeonatos profissionais, mas na esmagadora maioria do futebol amador, já que as partidas do Campeonato Nacional de Seniores e dos distritais se realizam às 15 horas de domingo.
Depois do Clássico, os números foram reveladores da fraca afluência global dos espectadores e estão à vista do público no site da própria Liga de Clubes. Na Liga ZON Sagres realizaram-se 120 jogos até ao momento. Os quatro desafios do passado domingo (dia 12 de janeiro) estão entre os vinte piores: 1617 pessoas no Académica x Paços de Ferreira, 1347 no Nacional x Gil Vicente, 1285 no Olhanense x Vitória de Setúbal e 1153 no Arouca x Belenenses.
Passando para a Liga2 Cabovisão, o alarme é ainda maior, pois a 24ª foi a que piores assistências globais teve, num total de 4276 espectadores em 11 jogos, uma média inferior a 400 pessoas por jogo, com outra curiosidade: nenhuma das equipas que atuaram como visitado tiveram uma assistência acima da sua média global do campeonato.
Em pontos extremos, o jogo que contou com a melhor moldura humana foi em Faro, no Feirense x Desportivo das Aves (681), ao passo que o jogo com pior moldura humana (da época) aconteceu em Oliveira de Azeméis, na receção do Oliveirense ao Santa Clara: 86.
O zerozero.pt procurou reações aos números em causa. Em contacto com a Liga de Clubes para perceber qual a razão para que o jogo tivesse sido à hora referida, a resposta foi de que se tratou de uma decisão tomada há um tempo considerável (como tem acontecido esta época) e que não teria existido nenhuma razão em especial para o sucedido.
O nosso órgão entrevistou, depois, o Provedor do Adepto da Liga. Alfredo Magalhães mostrou-se sensível ao sucedido, apesar de ter começado a conversa com a ressalva de que acredita que «a designação das 16 horas para esse jogo foi um episódio esporádio».
«O clube visitado, na marcação dos jogos, é aquele que normalmente 'dita as regras do jogo', embora claro que depois isso tem que ser acordado com a Liga», explicou, antes de partir para um pedido de reflexão, não apenas a esta jornada, mas ao que se tem verificado nos estádios portugueses.
«É preciso refletir sobre isso e que sejam tiradas conclusões daquilo que sucedeu e dos números que daí resultaram. E é necessário perceber a quebra que existiu em todos os outros campos e as consequências que daí resultam para os clubes», avisou.
As razões encontradas pelo Provedor para o afastamento dos adeptos das bancadas portuguesas passam pelo cruzamento da crise financeira e dos preços dos bilhetes.
«Por variadíssimas razões, penso que os adeptos estão alheados do fenómeno. Penso que a crise tem grande influência no afastamento das pessoas dos estádios, sobretudo pela exorbitância dos preços dos bilhetes. É claro e lógico que as pessoas pensam duas vezes em ir ao futebol porque têm uma família para alimentar».
E soluções: «Não há soluções mágicas. Entendo é que, se as várias competições tiverem jogos atraentes, as pessoas vão lá, embora esteja muito cético em relação ao que está a acontecer. Penso que só uma mudança do panorama financeiro do país poderá inverter a situação».
«Alguma coisa pode-se sempre fazer, mas o que quer que se faça, não considero que seja muito determinante para voltar a trazer as pessoas ao futebol. O ideal eram os estádios cheios, como no resto da Europa, mas a questão é muito mais abrangente e chega aos dirigentes governamentais e todas as outras entidades. Temos que remar todos para o mesmo lado e não valorizar algumas guerras», concluiu.
Fonte: zerozero.pt
Daniel- Administrador
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Data de inscrição : 09/01/2014
Re: No Clássico estiveram 62 508 espectadores, no Oliveirense x Santa Clara... 86
Por acaso quando vi que o clássico ia ser às 16h pensei: isto vai ser mau para os clubes pequenos. E foi porque por cá as pessoas são do Vila e do Porto ou do Coimbrões e do Benfica, e contra mim falo lol.
O que é certo é que muita gente preferiu ficar em casa, e houve estadios vazios por essas distritais fora... E certamente houve quem viu a primeira parte do clube da terra e depois foi ver o clássico. É pena que assim seja.
Infelizmente não fui ver o Vila, porque o jogo foi em Gandra, mas se tivesse sido em Gaia, teria certamente ido ver o jogo todo do Vila. E não teria perdido nada
O que é certo é que muita gente preferiu ficar em casa, e houve estadios vazios por essas distritais fora... E certamente houve quem viu a primeira parte do clube da terra e depois foi ver o clássico. É pena que assim seja.
Infelizmente não fui ver o Vila, porque o jogo foi em Gandra, mas se tivesse sido em Gaia, teria certamente ido ver o jogo todo do Vila. E não teria perdido nada
Jonnyfrl- Escolinha
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Data de inscrição : 09/01/2014
Idade : 39
Localização : Vila Nova de Gaia
Re: No Clássico estiveram 62 508 espectadores, no Oliveirense x Santa Clara... 86
Eu por acaso também não vi o clássico porque estava num jogo do Regional da Madeira... Mas também estava lá por motivos profissionais xD
Daniel- Administrador
- Mensagens : 284
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Re: No Clássico estiveram 62 508 espectadores, no Oliveirense x Santa Clara... 86
Jonnyfrl escreveu:Por acaso quando vi que o clássico ia ser às 16h pensei: isto vai ser mau para os clubes pequenos.
Por aqui pelos lados de Sintra, eu estava a ver o jogo no café ao lado do Sintrense (que em dias de derby está sempre com mais gente que o que devia) e pensei: "Foda-se não tá cá quase ninguém" porque estava apenas com metade da lotação... por volta do intervalo entrou um monte de pessoal bebâdo a cantar músicas do Sintrense e percebi que havia jogo.
[SCP]06- Juvenil
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